quinta-feira, 22 de setembro de 2011

As mesmas risadas, as mesmas piadas, as mesmas brincadeiras, os mesmos sorrisos, os mesmos abraços, os mesmos apelidos. Eu senti uma faca entrando no meu peito, no mesmo momento em que te vi com ela daquela mesma maneira que ficava comigo. Ficou tudo preto. Eu senti que ia desmaiar. Não conseguia ficar de pé. Não sabia o que fazer. Eu não podia ficar ali me torturando, com toda certeza eu ia desmoronar mais uma vez na sua frente. Eu só consegui continuar andando com a cabeça baixa, eu só queria chorar e chorar, liberar toda aquela dor que estava sentindo, mas eu precisava ser forte. Eu prometi que ia conter todas as minhas lágrimas. Eu te vi escapando pelas minhas mãos como a areia da praia. Tudo que eu precisava era do abraço de alguém que pudesse me entender. Mas não tinha ninguém por perto. Eu continuei andando, andando e andando. Até achar que deveria parar. Eu queria colocar a mão por dentro do meu peito, e arrancar toda aquela dor que estava massacrando meu coração. Eu respirei fundo, olhei pro céu, eu pensei comigo, um dia isso vai ter que passar também. Mas pra que você precisa me maltratar tanto? Já não basta, a sua indiferença diariamente? E depois eu ainda tive que olhar pra você, te ver sorrir, e fingir que nada me abalou.

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